sábado, 12 de janeiro de 2008

O tempo


No domingo quando ia a sair de casa passei os olhos pela capa de uma revista.
Dizia: “como ser dono do seu tempo”.

Seguiu-se uma viagem de duas horas (e como esta semana não tinha que conduzir), fiquei a pensar…

Mas afinal, o que isso do tempo?
Se virmos bem, o tempo não é mais do que um “mero” referencial!
Que coisa estranha! Não existe, não se vê, não se sente. No entanto gere toda a nossa vida.

Vivemos todos os dias em função de um calendário. De uma data, de uma hora. Olhamos para o relógio e passamos a saber porque perdemos o comboio, sabemos o que ainda temos para fazer e para onde temos de ir.
De certeza que te lembras do ano 2000! E tudo não passava de um problema “simples”: a data; o calendário.
Nos aviões a passagem sobre um local no segundo certo pode significar a concretização ou não de uma missão.
No dia a dia, o chegar a horas ou não, pode ser a diferença entre ter falta numa aula por exemplo.

Já houve momentos em que fechei os olhos e esperei que tudo passasse depressa e momentos em que não quis adormecer para aproveitar todos os segundos.
Já quis agarrar o tempo mas ele insistiu em escarpar-se sempre por entre os meus dedos…

Existem algumas situações que custam a passar. Pensamos: “já só quero que isto acabe!”. Quando tudo acaba, olhamos para trás, e pensamos: “fogo! Foi tão rápido!”

E então?! Quem percebe isto?!

Já tenho 23 anos. Já tenho responsabilidades! Já escolho o que visto, já vou onde quero. Já escolho as minhas companhias. Já, já, já…. E ainda ontem tinha quem decidisse tudo por mim! …

é aqui que percebemos que tudo passa a correr.

Se voltar atrás e me tentar lembrar de bons momentos que tive, não me vou lembrar de uma centésima parte das coisas boas que vivi.
Reparamos que a vida é feita de pequenos momentos, que todos juntinhos contam a nossa história. Podem demorar a passar… por termos mais “bocadinhos” para juntar num determinado momento… no entanto… passa tudo tão rápido!

E o que podemos fazer em relação a isto? Não sei.

Vou continuar na mesma! A olhar para tudo, aproveitar tudo o que de melhor as coisas têm. Aproveitar cada momento; cada bocadinho; sorrir.

Se ao continuar a coleccionar os “bocadinhos” daqui as uns anos quase só tiver boas memórias quer dizer que a maioria das coisas foram boas. Vou então fazer a vontade ao meu professor de deontologia:

“Meus amigos, façam-me o favor de ser felizes. Está bem?”

“Está.“

3 comentários:

Unknown disse...

Boa sorte para o Blog Andrade, continua.

Reis

Pepa disse...

Belo texto e faz nós pensar no tempo, na vida... Um pouco de tudo!!!

Bjos pedro

Anónimo disse...

(...)"Já houve momentos em que fechei os olhos e esperei que tudo passasse depressa e momentos em que não quis adormecer para aproveitar todos os segundos.
Já quis agarrar o tempo mas ele insistiu em escapar-se sempre por entre os meus dedos…"
"Aproveitar cada momento;
cada bocadinho;
SORRIR."
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